"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:2


quinta-feira, 3 de abril de 2008

:: Refutação a análise do CACP ::

A paz De nosso Senhor!

Meus queridos, é com grande prazer que reproduzo neste blog, uma refutação feita por um irmão às críticas citadas numa "análise" à Congregação Cristã no Brasil, exposta no site do CACP: Centro Apologético Cristão de Pesquisas.

"Acreditamos (em nossa maioria) na salvação do corpo de Cristo. Da Sua igreja. Os salvos. Não dos que estão sob a placa desta ou daquela igreja. Contudo, ser atacados e discriminados por culpa de um ou de outro as vezes, nos entristece. Mas aprendemos com nossos proprios erros. Então, se você já causou a tristeza ou a revolta no coração de algum irmão de outra denominação, aprenda com o texto abaixo. E se você irmão de outra denominação, tinha uma imagem distorcida da CCB por causa de alguém, peço que leia o texto abaixo e me tenha por seu irmão em Cristo!"

Boa leitura!!

Navegando pela internet, mais precisamente na página www.cacp.org.br/ccb.htm, deparei­me com um estudo feito sobre a Congregação Cristã no Brasil, no qual, em 14 páginas, o autor procura denegrir a imagem dessa igreja, dando­lhe um aspecto de "movimento contraditório", conclamando as pessoas, em alto som, a "não caírem no engodo do diabo".
O trabalho, como se pode provar, não foge ao teor de outros existentes por aí. Em alguns casos, verifica­se a existência até mesmo de plágio.
A presente resposta tem por objetivo contrapor as infundadas colocações do autor, sem que isso se torne um conflito pessoal. Afinal, como cristãos, "não temos de lutar contra a carne e o sangue, mais sim contra as hostes espirituais da maldade" (Gl 6.12).
O trabalho, como um todo, não foi sério. Logo no início depara­se com um resumo histórico sofrível. A maneira que Deus operou os primeiros sinais do derramamento do Espírito Santo em terras brasileiras através de nossos primitivos irmãos, nem sequer foram tocados. Afinal, verdade não interessa ao escritor. Transcorrendo a leitura, nota­se que o objetivo único é o de atacar. A falta de lealdade para com as pessoas é perceptível a qualquer leitor de mediana inteligência. Essa mesma falta de lealdade se estende em muitos pontos, especialmente quando se faz referência às Sagradas Escrituras. Isso será comprovado nas linhas que se seguem.
Sobre movimentos que procuram afastar o homem do verdadeiro relacionamento para com Deus, alguém escreveu algo interessante: "eles fazem qualquer coisa para conquistar você, até mesmo usar a Bíblia". Ao término deste trabalho poderemos concluir a quem melhor se aplica essa máxima.
Antes de entrar no assunto propriamente dito, sempre é bom ter em mente o seguinte: é comum ouvirmos críticas contra grupos religiosos que omitem ou acrescentam algo à Palavra de Deus. Com a Congregação Cristã no Brasil, no entanto, está ocorrendo um caso inédito: grande parte dos ataques ocorre exatamente por observância de ensinos tipicamente dos tempos apostólicos! Qualquer pessoa sincera para com a Palavra de Deus acredita, acima de tudo, que os costumes bíblicos devem ser integralmente absorvidos pelos cristãos da atualidade, independente das culturas humanas a que estejam sujeitas, sejam elas ocidentais ou orientais. Afinal, a Bíblia é ou não é regra de fé e conduta?
Vamos às considerações sobre o trabalho em epígrafe:

1a ALEGAÇÃO: AVERSÃO À ASSEMBLÉIA DE DEUS
Resposta: essa é uma conclusão do Sr. Raimundo F. de Oliveira, que acabou sendo aceita pelo CACP. Trata­se de um posicionamento pessoal desse escritor, porém questionável. Vejamos: De maneira alguma temos aversão à Assembléia de Deus, que, afinal, consideramos a mais próxima de nossa fé e doutrina. Tal conclusão somente pode ser entendida com base em posições individuais de alguns irmãos, o que não pode afetar toda Igreja.

2ª ALEGAÇÃO: "SALVAÇÃO SÓ NA CCB".
Nossa justificação. Os que estão em Cristo Jesus são novas criaturas. “Jesus Cristo, para nós, foi feito por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção (Rm 3.24­25; I Co 1.30; II Co 5.17)”; n.º11: "nós cremos que o mesmo Senhor (antes do milênio) descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Ts 4.16­17; Ap 20.6).
Nesse assunto, realçamos novamente: o autor está procurando nos atingir porque nossos irmãos propagam, e com muita razão, que na Congregação Cristã se prega a doutrina cristã pura, sem alterações no tempo e no espaço. Isso é muito óbvio àqueles que procuram examinar as Escrituras desprendidas de influências humanas. É o que provaremos nas linhas seguintes. A nossa convicção nunca foi escondida como muitos fazem para que sejam mantidas as aparências. Pense nisso: se achássemos que a doutrina cristã estivesse mais bem propagada em outro grupo, é óbvio que iríamos a ele. Melhor é a sinceridade do que a hipocrisia em assuntos espirituais.
Questiona­se se haveria necessidade de Jesus esperar a vinda do irmão Francescon, em 1910, para começar a salvar as pessoas. É óbvio que não, nem tampouco isso é ensinado na CCB. Cristo sempre teve seus salvos na face da terra, visto que as portas do inferno nunca prevaleceram sobre a igreja. Até mesmo na época do obscurantismo romano, havia pessoas sinceras que praticavam o melhor de si para servir ao Senhor. Naturalmente essas pessoas estão salvas. Ainda nesse assunto, não vejo mal algum afirmar que as pessoas virão na CCB, caso esteja nos planos de Deus. Afinal, Deus não tem o poder de colocar as pessoas onde elas se sentirão melhor amparadas espiritualmente? Seria errôneo, algum assembleiano falar para um metodista, por exemplo, que essa pessoa poderia mudar para a Assembléia de Deus, para juntos buscarem fervorosamente ao Senhor, caso isso esteja nos planos de Deus? Tanto é correta essa colocação que já vi isso entre os irmãos da Assembléia de Deus! Observa­se um procedimento tendencioso entre os demais evangélicos: afinal eles não se importam quando um membro de uma igreja se dirige para outra igreja. Porém, a crítica se avoluma quando esse alguém procura a CCB. Esse procedimento tem demonstrado sério preconceito contra a igreja que Deus se usou como pioneira no movimento pentecostal em nosso país. Se vocês estão nos excluindo com irmãos em Cristo Jesus, e que as pessoas não devem procurar a salvação em nosso meio, estão, de fato, sendo preconceituosos para com um povo que também recebe o Espírito Santo como vós.

3a ALEGAÇÃO: A CCB É CONTRA O ESTUDO DA BÍBLIA.
Resposta: Em se tratando da Palavra de Deus, "estudo" e "exame" não são palavras sinônimas. Vejamos: Assim como nos tempos primitivos, nossos irmãos são livres para estudar. E também, como naquele tempo, Deus não faz acepção de pessoas para usar no ministério da Palavra. Assim temos anciães estudados e temos também anciães de pouco estudo, igualzinho nos tempos de Pedro (indouto) e Paulo (douto). Nunca reprovamos o fato de alguém estudar, pois a Igreja também necessita deles para administrar o patrimônio material da Congregação, para traduzir as letras dos hinos e outros textos para as diversas nações etc.
Agora, quanto a estudar a Bíblia, não usamos tal expressão. Dizemos: examinar as Escrituras. Aquele que estuda um texto lança sobre ele o seu entendimento, procurando dissecá­lo. De fato não fazemos assim. Debaixo do Espírito Santo da Graça, a Palavra de Deus se torna viva e, reverentes, a examinamos para dela receber a luz, nos revelando a vontade de Deus para as nossas vidas, como fonte inesgotável, que jamais podemos dissecar. Por isso, ela é sempre nova. Não existe lição passada, como também não existem professores e alunos, mas apenas aprendizes de um único Mestre. Nosso Senhor Jesus Cristo. O Verbo "estudar" não é aplicado na doutrina bíblica senão para nos alertar que o "muito estudar é enfado da carne" (Ecl. 12:12) ­isto para coisas materiais, enquanto o examinar as Escrituras é desfruto do espírito. Os famosos "estudos bíblicos" produziram a grande diversidade de Igrejas existentes, com divergências enormes (Testemunhas de Jeová, Adventista do 7o Dia, Assembléia de Deus, Quadrangular, Presbiteriana, Mórmons, etc). Uns, estudando a Bíblia, acham que os dons cessaram. Outros, estudando a mesma Bíblia, acham que os dons permanecem. Uns, estudando a Bíblia, acreditam que se deve guardar o Sábado, outros o Domingo, e outros nenhum dia. Por outro lado, se todos tivessem a mente de Cristo ( I Co. 2:16), então viriam para um mesmo aprisco e se tornariam um só rebanho para um único Pastor, seguindo uma única doutrina. Entendeu a diferença?
Observe o seguinte: Quando alguém lê um "estudo bíblico", não está examinando as Escrituras, mas apenas absorvendo a interpretação daquele que o escreveu. Muitas pessoas passam a vida inteira lendo esses "estudos bíblicos", muitas vezes contraditórios entre si, perdendo o tempo precioso de desfrutar diretamente na Palavra de Deus, o verdadeiro alimento para nossas almas e luz para os nossos caminhos. Por que beber água pelas mãos dos outros, quando temos diante de nós a Fonte? A Bíblia é a única fonte que realmente sacia nossas almas e nos conduz à vida eterna.
Os versículos citados por V.Sª (Jo 5.39; I Tm 4.13; II Tm 4.13; II Tm 2.15; Sl 1.2; Is 34. 16) não reprova nossa posição, mas a estabelece. Se o estudo bíblico dependesse de nosso intelecto, as pessoas mais simples teriam maior dificuldade em entender o plano de salvação. Na prática, no entanto, ocorre o contrário, fato confirmado pela própria Bíblia: I Co 1.19­30; I Co 2.1161. "Aquele que gloria, glorie­se no Senhor" (I Co 1.31).
Que fique bem claro: nunca ensinamos que a Bíblia não deve ser lida e examinada. Pelo contrário, sua leitura deve ser constante para alimento de nossas almas, não meramente para uma demonstração de sabedoria humana. Como já afirmado, não lançamos o nosso intelecto (ou de alguém) para entendê­la. Se a nós falta alguma sabedoria, pedimos a Deus, conforme recomenda a Palavra de Deus (Tiago 1.5­6). A resposta Deus nos dá conforme lhe apraz.
Ainda nesse assunto, parece­me que V.Sª, tal como outros estudiosos, reprova­nos pelo fato de afirmarmos que o Espírito Santo nos ensinará o que se deve dizer (Lucas 12.12; João 14:16­17). Isso não se trata de "velho e costumeiro jargão", com diz V.Sª, mas a Palavra de Deus tal como ela é. Embora o contexto aponte para uma situação específica nas horas de tribulações, não se pode restringir os dons somente para essas ocasiões. Se assim fosse, quem nunca se deparou com uma situação dessas, o Espírito Santo não ensinaria essa pessoa?
Embora V.Sª esteja com a razão de que o contexto aponte uma situação específica, acaba errando num outro ponto: a exegese bíblica, que aliás foi recomendada por V.Sª, porém não observada na passagem em questão, aponta também para outras situações. É evidente, pelo contexto bíblico, de que essa atuação do Espírito Santo não se prende, com exclusividade, nessa única situação diante dos tribunais. Se diante dos magistrados, o crente deve se manifestar sob total inspiração do Espírito Santo, visando aplicar­lhes um alimento sólido, com demonstração do poder de Deus, seria diferente com os crentes e demais ouvintes da Palavra de Deus? Somente ao magistrado e aos governantes reserva­se o "BOM VINHO" (pronunciação inspirada)? Para a igreja é reservado o "VINHO INFERIOR" (sabedoria humana)? Diante desse quadro, segue­se uma série de questionamentos:
a) seria coerente afirmar que diante dos crentes e ouvintes da Palavra de Deus, o pregador deve abandonar a inspiração por não estar diante dos magistrados?
b) Nesse caso, a pregação feita através do estudo prévio da mensagem, tem um efeito igual a uma mensagem pregada sob inspiração?
c) Se a resposta for positiva, pergunta­se, ainda: se é igual, então por que diante dos magistrados Jesus recomendou que se devesse abrir a boca sob inspiração e não de outra forma?
d) Se a resposta for negativa, ou seja, que é diferente a pronunciação feita com base em estudos e a feita sob inspiração momentânea, pergunta­se, também: qual pronunciação é a mais eficaz?
e) Se a resposta for que é a inspirada, então por que não usá­la em todas as situações?
f) Acredito que V.Sª não compartilha da idéia de que a pronunciação inspirada seja inferior à praticada pelos estudos. Se assim pensa, aí sim estaremos diante de uma verdadeira heresia. Caso concorde que a pronunciação feita com base nos estudos é superior à inspirada, pergunta­se, finalmente: por que Jesus não recomendou esse tipo de pregação diante dos magistrados?

CONCLUSÃO ÓBVIA: não se pode negar que a pregação mais eficaz é aquela recomendada por Jesus em Mat. 10:19­20, etc, uma vez que surtiria efeito ATÉ MESMO DIANTE DOS MAGISTRADOS E AUTORIDADES, normalmente pessoas frias em se tratando de questões espirituais. Se a eles os servos devem direcionar palavras inspiradas, a Bíblia nada diz que deve ser de forma diferente quando direcionadas à igreja, aos crentes e aos ouvintes da Palavra de Deus de uma maneira geral. Afinal, biblicamente falando, não se concebe que a sabedoria humana sobreponha à inspiração divina quando a palavra é direcionada aos crentes. Afinal, somente o Espírito é que nos deve guiar em toda a verdade. Só assim haverá fruto. V.Sª chama de "velho e costumeiro jargão" o texto bíblico contido em II Co 3.6 ­"A letra mata e o espírito vivifica". Colocação como essa ("jargão") é um desrespeito à Palavra de Deus. Sobre o assunto, nunca afirmamos que as Sagradas Letras nos mata. Se as letras da Palavra de Deus nos matassem, não teríamos a Bíblia em nossas casas, nem tampouco sua leitura era o ponto máximo de nossos cultos! Que acusação estranha! Apesar de V.Sª ter razão em afirmar que o apóstolo estava se referindo aos dois pactos (antigo e novo) e que o velho representa a morte em contraste com o novo que representa a vida, não podemos deixar de aplicar esse conceito nos dias de hoje de forma espiritual. Qualquer pessoa que confia em si próprio, em seus méritos, em sua posição, em seu saber, acaba abraçando um caminho de morte, sim senhor! Não esqueçamos de que o contexto (versículo 5) diz o seguinte: "não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus". Falamos que a letra mata, quando alguém despreza essa "capacidade que vem de Deus", para se confiar em si mesmo, repudiando a direção espiritual a qual foi prometida aos fiéis do Novo Pacto. Essa é a vida espiritual ensinada pelo apóstolo no texto ora analisado. Creio que não ficaram dúvidas.

A RESPEITO DESSE MESMO ASSUNTO, VEJA A RESPOSTA DADA AO SR. RAIMUNDO F. OLIVEIRA, PORÉM SEM RETORNO ATÉ A PRESENTE DATA.
Em primeiro lugar precisa ficar bem esclarecido que nós não somos contra a cultura, como muitos pensam. Assim como nos tempos primitivos, nossos irmãos são livres para estudar. Na Congregação existem pessoas das mais variadas culturas, creio que V.Sª sabe disso. A existência de pessoas cultas na Obra de Deus propiciaram uma série de vantagens ao seu desenvolvimento: os evangelistas percorrem o mundo anunciando a graça de Jesus Cristo; nosso hinário foi traduzido para inúmeros idiomas; foram compostas inúmeras melodias para louvor a Deus; foram elaborados os versos de nossos hinos, reconhecidamente belos. Através da cultura, podemos ainda prosseguir, a Bíblia foi traduzida em todas as línguas e dialetos existentes no mundo contemporâneo. Não, somos contra a cultura. As nossas administrações funcionam sem a menor violação das leis que regem os países onde estão situadas as nossas congregações. Tudo isso necessita de uma gama muito grande de conhecimento humano. Por outro lado, as religiões, de uma maneira geral, confundem cultura secular com o dom do Espírito Santo. O que ensinamos, com base nas Escrituras Sagradas, que não há necessidade de termos cultura secular para recebermos o dom de Deus. A Bíblia nos mostra que Deus se usou no trabalho espiritual de sua obra, tanto de pessoas cultas (Paulo, Lucas, Mateus e outros), como de também de pessoas sem letras e indoutas (Pedro, João, Tiago, André e muitos outros). Os magistrados dos tempos apostólicos vendo a ousadia de Pedro e João, e "informados que eram homens sem letra e indoutos". Maravilharam­se (At. 4.13). E é maravilhoso mesmo. Quando o "elemento sobrenatural da mensagem é realçado", conforme bem frisou V.Sª numa de suas afirmações nesse capítulo, a gloria de Deus é íntegra. Porém, a triste realidade das religiões é outra. No decorrer dos tempos, várias heresias foram surgindo no seio do cristianismo. O dom de Deus, que até então era operado eficazmente, foi aos poucos sendo abandonado e substituído pela sabedoria humana, permanecendo até os dias de hoje. As literaturas religiosas que tratam do assunto, procuram incutir nas mentes dos cristãos que o dom é aperfeiçoado pela cultura humana, o que é totalmente contraditório à Palavra de Deus. Esse espirito já tentou a Igreja de Corinto, mas Paulo repreendeu, impedindo que as palavras de sabedoria humana ofuscassem a atuação do Espírito Santo na Igreja. Vejamos:
a) "Porque, vede irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muito os poderosos, nem muito os nobres que são chamados". ( I Co. 1.26).
b) "para que nenhuma carne se glorie perante Ele" ( I Co. 1.29).
c) "A minha palavra, e a minha pregação, não constitui em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e poder" ( I Co. 2.4). Paulo, embora sábio, não pregava pela sabedoria humana.
d) "Para que a vossa fé se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus" ( I Co. 2.5). Embora no livro ora analisado firme que o crente necessita de buscar maior conhecimento através de leitura, estudo e outras formas de aprendizagem, a Bíblia exorta uma fé apoiada no poder de deus e não em sabedoria de homens. Quem está com a razão? Devemos ainda ressaltar que em todas as denominações existem os "estudiosos". Por que se diferem tanto uma das outras? A resposta é única: falta de buscar aquilo que nós, da Congregação, já fazemos apregoando há muito tempo: "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação". (Tiago 1:17). Mudam os homens, mudam os pensamentos, mudam as filosofias, mudam as leis, enfim, toda teoria humana está sujeita à mudança, mas o que vem de Deus não há "nem sombra da variação".
e) "Mas, como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam" ( I Co. 1.9). Embora as denominações heréticas afirmem que a cultura aperfeiçoa os dons, a Bíblia não deixa margem a essa interpretação.
f) "Mas Deus no­las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus" ( I Co. 2.10). Está claro que as dádivas de Deus são reveladas e não conquistadas pelo nosso intelecto. Aliás, como o estudo humano pode aperfeiçoar uma dádiva por Deus?
g) "Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer que nos é dado gratuitamente por Deus" ( I Co. 2.12). Está claro que o dom de Deus nos é dispensado gratuitamente. Não precisamos correr através de escolas, seminários para que seja conquistada ou aperfeiçoada essa dádiva. Tratando­se de assuntos espirituais, qualquer irmão, mesmo sem condições financeiras para ampliar sua cultura nas escolas, ou mesmo sem uma biblioteca em sua casa, está em pé de igualdade entre os cristãos, podendo Deus se utilizar do mesmo sem nenhuma restrição. As pregações desses humildes irmãos, revestidas do poder do alto, tem a mesma eficácia, as vezes maior, do que o mais culto homem! Afinal "aquele que se gloria, glorie­se no Senhor" ( I Co. 1.31).
h) "As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as coisas espirituais" ( I Co. 2.13). Aqui está claro que, nas coisas espirituais, o único professor é o Espírito Santo. Devemos comparar as coisas espirituais com as espirituais e não com coisas humanas (outros livros, cursos, leituras estranhas à Bíblia etc).
i) "O qual nos fez também capazes de ser ministros dum novo testamento, não da letra, mas do Espírito, porque a letra mata, mas o espírito vivifica"( II Co. 3.6). Se V.Sª acha que a letra aperfeiçoa o espírito, está enganado. Por tudo que vimos, caso ainda persista alguma dúvida, está havendo carência espiritual. Realmente o ministério do Espírito é superior ao da letra.
j) "mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido" ( I Co. 2.15). Realmente são poucos que reconhecem o verdadeiro fundamento da Obra de Deus.
Porém, o homem verdadeiro espiritual, reconhece todas as coisas, pelo próprio Espírito que nele habita. Ainda sobre cultura, o autor cita algumas passagens, tais como Pv. 9.9; Mt. 13.52; 2 Tm. 2.15. Em todas essas citações, sem nenhuma sombra de dúvida, trata­se de conhecimento espiritual, acerca da Palavra de Deus e da Salvação de nossas almas. Essa sim devemos buscar. Esse conhecimento não vem da sabedoria humana, mas do próprio Deus, conforme esclarecimento contido nas Escrituras: "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça­a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser­lhe­á dada" ( Tiago 1:6).
Prosseguindo, não encontramos motivos para a citação de 2 Tm. 4.13. Afinal, que ligação tem o assunto ora abordado, com o pedido de Paulo a Timóteo? Qualquer um de nós, caso esquecêssemos livros e capa em algum lugar, pediríamos a gentileza para que alguém nos trouxesse? Ou será que o autor pensa que nas residências de nossos irmãos não existem livros? Dá­nos o prazer de uma visita e comprove seu grande equívoco. Embora Paulo possuísse outros livros, em momento algum ele indicou esses obras como "complemento" das Escrituras Sagradas.
Ainda não conseguimos entender o fato do Sr. Raimundo, pessoas que certamente crê na atuação do Espírito Santo, acham que temos uma interpretação equivocada da passagem de Mt. 10.19­20, ao afirmarmos que o "Espírito Santo coloca as palavras em nossa boca no momento certo", sob alegação de que tal fato ocorre somente quando estivermos em provações diante dos tribunais e à presença de governadores e reis por causa do nome de Cristo.
Realmente nessa condição o Espírito nos ajudará, mas não significa que seja a causa única. Todas as pregações registradas na Bíblia Sagrada, em quaisquer circunstâncias, foram feitas sob inspiração do Espírito Santo, não havendo nenhum indício de que os servos, temendo qualquer equívoco, procurassem de antemão algum tipo de sabedoria humana, fizesse alguma anotação particular, um rascunho e assim por diante. Dentre muitas pregações destacamos: At. 2.14­36; At. 3.12­26; At. 4.8­13; At. 7.2­56; At. 8.26­40; At. 10.34­48; At. 13.16­51; At. 17.22­34; At. 20.17­38 etc. Observamos que em qualquer situação os servos estiveram unicamente sob inspiração do Espírito Santo, mesmo distante dos "tribunais". Poderá alguém dizer que no início da Igreja as pregações eram dessa forma, mas hoje as coisas mudaram, uma vez que o mundo mudou. Para quem pensa assim recomendamos a leitura de Gálatas 1.8­12. Mudam os homens, o Senhor permanece.
Muitos ainda alegam que estudam literaturas bíblicas para pregar. Quanto a esse tipo de estudo, a pessoa apenas absorve a interpretação particular daquele que a escreveu. A Bíblia, porém, nos alerta que "nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação" ( II Pe. 1.20). Por quê? A Bíblia responde: "porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" ( II Pe. 1.21). Sempre é bom ressaltar que existem literaturas bíblicas das mais variadas formas, mesmo entre evangélicos. Uns procuram ensinar "pela Bíblia" que os dons cessaram na época apostólica; que pode batizar recém­nascido; que se pode usar de qualquer tipo de vaidade, etc.
Outros, utilizando­se da mesma Bíblia, nega tudo isso. Pela literatura outros ainda negam a Deus, seja Triúno, negam a divindade de Cristo e a Sua vinda etc. Podemos concluir, sem sombra de dúvida, que a literatura muito contribui para a expressão das heresias, cada qual defendendo o seu ponto de vista. Uma pessoa sem nenhum embasamento da Palavra de Deus, normalmente é enganada com facilidade. Podemos então concluir o seguinte: quando alguém lê um "estudo bíblico", não está examinando as Escrituras Sagradas, mas apenas observando a interpretação daquele que
o escreveu. Muitas pessoas passam a vida inteira lendo os estudos bíblicos, muitas vezes contraditórios entre si, perdendo o tempo precioso de desfrutar da Palavra de Deus, o verdadeiro alimento para nossas almas e luz para os nossos caminhos. Por que beber água pelas mãos dos outros, quando temos diante de nós a Fonte? A única que realmente sacia e leva a vida eterna. Diante de toda essa confusão, nós da CCB, embora criticados, optamos por dispensar as literaturas, acatando e propagando unicamente a Palavra de Deus como única fonte de fé e consulta em assuntos espirituais. É mais confiável. Quando nos falta algum entendimento, buscamos diretamente de Deus, conforme orientação contida em Tiago 1.6. É oportuna ressaltar, ainda, que muitos que se dizem "estudiosos" da Bíblia, nada mais fazem do que lançar o seu próprio entendimento sobre ela, procurando dissecá­la. Nós procuramos agir de forma diferente. Debaixo do Espírito da Graça, a Palavra de Deus se torna viva e, reverentes, a examinarmos para dela receber a luz, nos revelando a vontade de Deus para nossas vidas, como fonte inesgotável, que jamais pode dissecar. Por isso, ela nos é sempre nova. Não existe lição passada, como também não existem professores e alunos, mas apenas aprendizes de um único Mestre, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Finalizando, é bom lembrar que somente a Palavra de Deus pregada pelo Espírito Santo penetra nos corações. Se alguém prega pela sua inteligência, reparte a glória de Deus para consigo mesmo. Isso é um mal no cristianismo, conforme já vimos anteriormente. Fujamos disso se quisermos servir ao Senhor de toda nossa alma e de todo nosso coração. Os frutos que colocamos com esse trabalho comprovam isso.

4o) O USO DO VÉU, ­NÃO DEVEMOS DAR VALOR AO QUE NÃO É VALORIZADO
Resposta: antes do assunto propriamente dito, gostaria de repudiar as colocações pejorativas de que a CCB ensina, dentre muitas coisas, que a mulher que corta os cabelos vai para o inferno, e que o cabelo é guardado em uma caixa de ouro celestial, depois de cortado. Nada disso representa o ensino oficial da CCB. Se alguém falou tais coisas, o fez por pura ignorância. Aliás, se observa uma contradição: se o corte de cabelo constitui­se uma desobediência, uma vez cortado, obviamente o destino desse cabelo não poderia ser celestial.
Sobre o assunto do véu, muitos teólogos têm se ocupado no sentido de criticar o seu uso por parte das mulheres cristãs da atualidade. Embora V.Sª tenha um ponto de vista próprio, é salutar analisarmos, também, os posicionamentos de outros estudiosos: Uns afirmam que I Co. 11.1­16 não recomenda o uso do véu, o que é absurdo face a clareza do texto;
a) Ayrton Achilles Justus, por exemplo, desprezando a clareza do contexto de I Co. 11.1­16, com base isolada apenas no versículo 15 (portanto, fora do contexto), alega que a mulher deve usar apenas o cabelo natural como véu. Essa posição facilmente é rechaçada quando se lê o contexto bíblico.
E o uso do véu era restrito apenas nos tempos apostólicos e que, caso Paulo escrevesse a carta nos dias atuais, nem sequer falaria nesse assunto. Disse mais: caso as mulheres fossem usar o véu nos dias de hoje, teriam que usá­lo em todo lugar. Devido às incoerência, essa tese é derrubada com muita facilidade. Vejamos:
1) a igreja da atualidade não está autorizada a questionar os ensinos bíblicos, mudando­os ao bel prazer no tempo e no espaço. A função principal da igreja é propagar a obediência total e irrestrita à Palavra de Deus;
2) o texto não diz que o uso do véu deveria ser restrito somente aos tempos apostólicos, ou somente à igreja de Corinto, mas, como já vimos à referida carta também era estendível aos cristãos de todos os lugares ( I Co. 1.2);
3) Dizer que Paulo escrevia a carta de forma diferente nos dias é mera especulação, indigna de crédito;
4) Em I Co. 11.5 afirma que o véu é para ser usado quando a mulher cristã ora ou profetiza, não em todo lugar. O contexto não muda essa posição. Se outras mulheres faziam de forma diferente, o texto Paulino, o qual estamos analisando, teve por objetivo a padronização. Nessa padronização devemos estar.
b) Myer Peariman, um erudito nas Escrituras, chegou a admitir que o texto trata­se de "uma relação entre homem e mulher, ordenada por Deus", tomando­se como base o versículo 3. O erudito, no entanto, no transcorrer de sua análise, admite que nos tempos do apóstolo Paulo as mulheres usavam o véu, e que o apóstolo não permitiu que as mesmas deixassem de usá­lo.
c) Ainda sobre esse assunto, muitos questionam o porquê de somente constar esse ensino na Carta aos Coríntios. A resposta é simples: foi porque nesse local (em Corínto), as irmãs tentaram abolir o uso do véu, o que não foi admitido pelo apóstolo. As demais igrejas já estavam enquadradas nesse ensino.
Pelo que se vê, existem múltiplas explicações contraditórias no sentido de rechaçar o uso do véu nos tempos da atualidade. Isso, por si só, prova que a tese do desuso não se pode encontrar na Bíblia.
Caso contrário, as idéias se convergiam. Note, ainda, o ponto chegou a teologia contemporânea sobre esse assunto: como não é possível negar o uso do véu pela Bíblia, as pessoas passaram a procurar uma explicação na História, Sociologia e até na Geografia, como se a Bíblia fosse incompleta! A nós, crentes da CCB, não nos pesa essa confusão toda, visto que aceitamos, sem qualquer questionamento, os claros ensinos das Sagradas Escrituras. Mudam os homens, mas Jesus é o mesmo de ontem, hoje e eternamente.
Existe alegação, ainda, de que Paulo ordenou que as mulheres cobrissem a cabeça com o véu, uma vez que havia mulheres profetizando pela carne com a cabeça descoberta. Isso é vago demais. Essa tese nada diz respeito ao desuso nos dias de hoje. Primeiro porque se faltava temor de Deus para aquelas mulheres, o uso do véu em nada alteraria esse quadro. Por outro lado, se Paulo recomendou o uso do véu é porque existe coerência com a vontade de Deus (escreveu sob inspiração). Nesse caso, por que não usá­lo nos dias de hoje?
Como sabemos, o versículo 15 diz que o cabelo foi dado em lugar do véu. Essa passagem é a predileta daqueles que ensinam que o véu caiu em desuso nos dias de hoje. Curioso que esse texto é usado até mesmo pelas igrejas onde não se ensina que os cabelos das mulheres devem ser crescidos. Novamente volto a frisar a inconveniência de se chegar a uma conclusão tomando­se como base um versículo isolado, desprezando­se o contexto. Não teria nenhum sentido um único versículo conflitar com os 14 anteriores. O texto integral, versículo 01 ao 15, somente entra em harmonia se entendemos da seguinte forma:
1) a mulher deve cobrir a cabeça com o véu somente quando ora ou profetiza (serviço sagrado ao Senhor);
2) o texto não diz que a mulher precisa usar o véu fora dessas situações; 3) é sinal de poderio por causa dos anjos;
3) o texto diz que é indecente tosquiar­se ou raspar­se, recomendando que se "ponha o véu”. Logo o véu é para ser colocado sobre o cabelo crescido e não na indecência do cabelo tosquiado;
4) o texto, em total harmonia, confirma que é honroso para a mulher ter os cabelos crescidos, visto que o mesmo é dado em lugar de véu. Ora, se anteriormente o apóstolo já havia recomendado o uso do véu quando a mulher ora ou profetiza, naturalmente o cabelo é dado em lugar de véu nas demais situações de seu dia­a­dia, onde o assunto ainda não estava definido nos versos anteriores. Realmente, a mulher cristã, com seu véu natural (cabelos crescidos) é facilmente reconhecida por todos.
Finalmente, com base no versículo 16, somos acusados de sermos "contenciosos". É uma conclusão deveras precipitada, uma vez que "contencioso" nada mais é do que aquele que deixa de obedecer a essa doutrina, alegando as diversas desculpas. Como toda doutrina pode sofrer alteração no espaço e no tempo, Paulo encerra o assunto concluindo que esse não seria o comportamento da verdadeira igreja de Deus. Em outras palavras: aos cristãos autênticos não é recomendável contender ensinos inspirados, repudiando­o sob as mais diversas variedades desculpas, mas simplesmente obedecer. Contencioso é aquele que não está revestido da obediência, o que não é o nosso caso. Nesse sentido, a BÍBLIA VIVA a qual expressa o pensamento do autor em palavras mais compreensíveis, verte I Co 11:16 da seguinte forma:
"Entretanto, se alguém deseja questionar a este respeito [uso do véu], tudo o que posso dizer é que nunca ensinamos nada mais do que isto: que uma mulher deve cobrir­se quando está profetizando ou orando em público na igreja. E todas as igrejas pensam da mesma maneira". Ainda nesse assunto, a Bíblia Anotada ­Mundo Cristão, a respeito da interpretação de I Co 11:16, afirma o seguinte: “Nós não temos tal costumes. É o costume de mulheres adorarem SEM
o véu”. Esse é o entendimento correto do texto, muito embora esses teólogos não sejam da CCB.

5o) O MINISTÉRIO PASTORAL E SEU SUSTENTO
Fala­se "da necessidade de alguém para pastorear o rebanho", sob insinuação de que nossa irmandade não é apascentada por falta de alguém que se chame "pastor". Parece­me que V.Sª acredita que um simples "título" reveste alguém desse requisito. É óbvio que há necessidade da existência pessoas que apascentem o rebanho. Assim o fazemos primeiramente na pessoa de Cristo, depois dos servos de Deus anciães, diáconos e cooperadores. O fato de não haver vínculo empregatício, não significa que foi deixado de lado o pastoreio. Aliás, o pastoreio se reveste de muito mais força quando desprovido de interesses materiais. É o que o Texto Sagrado nos ensina (I Co. 9.18, II Ts. 3.10­12 e outros). Sempre é bom lembrar que não é o título que transforma uma pessoa em pastor, mas suas ações e o exercício de seu dom. Pedro recebeu a incumbência de apascentar o rebanho, no entanto, embora fosse um "pastor" nesse sentido, seu ministério, no entanto, chamava­se "apóstolo" e não "pastor" propriamente dito. ( Jo 21.15­15 ).
A citação de I Tm. 5.18, que se refere à Dt 25.4, como dito acima, apesar de escrito na Antigüidade, foi dado sentido moderno à palavra "salário", tirando­se proveito desse fato.
Nunca é demais ressaltar que Ancião (hebraico), presbítero (grego) e bispo (latim), tratam­se do mesmo ministério, sendo o termo utilizado de acordo com o idioma do lugar. Segundo os estudiosos, somente no ano 150 d.C. é que o presbítero tornou­se subordinado do bispo. Até hoje, em muitas igrejas, se observa que o presbítero é um cargo inferior ao pastor.

VEJA, TAMBÉM, A RESPOSTA DADA AO SR. RAIMUNDO F. OLIVEIRA, SOBRE O MESMO ASSUNTO, PORÉM SEM RETORNO:
Em primeiro lugar se faz necessário diferenciar títulos (ministérios, cargos) e dons (os quais são dispensados por Deus, para que a função seja devidamente exercida). Vejamos primeiramente quais eram os ministérios da Igreja primitiva: além dos apóstolos que tinham uma missão peculiar, a Igreja dispunha de "bispos" (que é sinônimo de anciães e presbíteros) e "diáconos". Isto está claro em Filipenses 1:1 ­"... todos os santos em Cristo Jesus estão em Filipos, com os bispos e diáconos". O apóstolo Paulo ordenava anciães para presidir as Igrejas (At. 14:23). Era com os anciães que os apóstolos resolviam problemas das Igreja (At. 15:6). Era com os anciães que os apóstolos estabeleciam decretos para os cristãos (At. 16:4). Tiago ordenava a unção aos presbíteros da Igreja (Tiago 5:14). Os anciães são ministros de Deus, ordenados para "apascentar", isto é "pastorear" a igreja “sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a Igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue" (At. 20:2Cool. Está claro que o "pastorear" está dentro das atribuições do bispo. Vejamos agora a citação de Efésios 4:11: "E Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores". Seguramente na Igreja Assembléia de Deus, ou em qualquer outra igreja evangélica, não existem todos esses cargos. De fato, não seria o caso, pois tratam­se de dons espirituais que Deus concede a quem lhe aprouver (veja o versículo 8 ­"... deu DONS aos homens"). Se fôssemos usar todos os dons como títulos, haveria irmãos que, por Deus tê­los enchidos de Deus, poderiam ocupar o seguinte cargo: APOSTOLO­PROFETA­EVANGELISTA­PASTOR­DOUTOR. Títulos de nada valem.
Agora afirmar que na CCB não existe "pastor" é desconhecer totalmente a doutrina por nós propagada. Porventura quando um ancião usa de seu dom para apascentar pelo Espírito Santo, porventura essa igreja não tem pastor? Ainda com referencia a dons e cargos, nota­se ainda que eles se entrelaçam para o desenvolvimento da obra de Deus.
Vejamos: Filipe foi ordenado diácono (At. 6:4), no entanto, era também evangelista (At. 21:8; At. 8:26­40). Pedro era apóstolo e recebeu, como os demais, o dom de "pastor" (Jo. 21:15­17) e assim por diante. Curioso ainda o fato de muitas igrejas evangélicas, ao criar o cargo de "pastor", acabou por rebaixar o "presbítero". Nesse caso como ficaria a recomendação de Tiago com referência à unção? (Tiago 5:14). Por que os "pastores" não foram convocados para participar da Assembléia de Jerusalém? (At. 15). Por que o apóstolo Paulo ordenava presbíteros, bispos ou anciães e nunca "pastores"? (Tito 1:5; Fil. 1:1).
Dessa forma, podemos concluir, sem sombra de dúvida, que a CCB não se afastou dos ensinos bíblicos ao ordenarem anciães (que são os mesmos presbíteros ou bispos) e diáconos, para que, sob a guia do Espírito Santo, exercite os dons espirituais dispensados por Deus, inclusive o de "pastorear", sob a direção do verdadeiro "PASTOR" de nossas almas, Jesus Cristo (João 10).
O Sustento do Pastor ­De fato não entendemos como "recomendação bíblica"
o sustento remunerado do "pastor" ou qualquer outro ministério espiritual na Igreja de Cristo. É notório que a Igreja deve se despojar de quaisquer interesses terrenos, evitando, com esse procedimento, os escândalos, aliás, muito comuns nos últimos tempos. A heresia consiste em não observar a exortação do apóstolo Paulo a Timóteo: "homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparte­te dos tais". De fato, é incompatível o amor ao dinheiro com a vocação cristã. Na epístola de Judas, v. 11, está escrito: "Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim e, movidos pela ganância, se precipitaram no erro de Balaão". O apóstolo Pedro fala daqueles que abandonando
o caminho reto, se extraviaram seguindo pelo caminho de Balaão, que amou o prêmio da injustiça ( I Pe. 2:15). Balaão foi citado nessas duas passagens, para alerta­nos que foi o primeiro a ganhar dinheiro com seus dons. Hoje, muitos são os que entram pelo mesmo erro, cobiçando o prêmio da injustiça.
Todos escritores de literaturas evangélicas que defendem o trabalho assalariado do pastor, procuram convencer as pessoas de que Paulo recebia salário, citando versículos isolados e dispensando os conclusivos. Podemos exemplificar: É comum a citação de I Co. 9:4­14 (como fez o autor da obra ora analisada), dispensando­se a leitura dos versículos seguintes. Por quê? A resposta é simples: nos versículos acima citados, Paulo afirma que, caso quisesse, poderia receber de seu trabalho, mas nos versículos seguintes (os dispensados pelo autor) está a verdadeira posição do apóstolo sobre a questão: "mas eu de nenhuma destas usei, e não escrevi isto para que assim se faça comigo, porque melhor me fora morrer, do que alguém fazer vã está minha glória. Porque se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má
vontade, apenas uma dispensação me é confiada. Logo de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho. Porque, sendo livre para com todos, fiz­me servo de todos para ganhar ainda mais". Podemos ainda prosseguir: "de graça vos anunciei o evangelho de Deus". "Afadigamos­nos, trabalhando com nossas mãos (...) admoesto­vos que sejais meus imitadores" (I Co 4.12.19). Veja ainda II Tes 2.9 Assim como Paulo procuramos trabalhar para não sermos pesado à Igreja. O ofício de Paulo era fazer tendas (Atos 18.3).
Igualmente, deve ficar esclarecido, que o fato de trabalharmos para o nosso sustento, não impede que, em algumas oportunidades, nossa necessidade sejam supridas pela Igreja. Não é à toa que Deus preparou os servos Diáconos para essa finalidade (At. 6:1­6). Paulo teve suas necessidades supridas em determinadas ocasiões ( II Co. 11:Cool. Assim fazemos na CCB, através da Obra da Piedade. Paulo não era funcionário da Igreja, da qual nada esperava, materialmente falando. Muito diferente do sistema atual da maioria das denominações, onde os pastores recebem salário mensal, 13º salário, férias, casa para morar, combustível para veículo, telefone e outras mordomias, além de prestigio social. É difícil imaginar o apóstolo Paulo de férias, muito menos aposentado. É difícil imaginar o apóstolo Paulo acionando a igreja na justiça, através de sindicatos, visando incriminá­la por causa do dinheiro. Somente dispensando tudo isso, pôde ele afirmar com toda a sinceridade: "combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada..." ( II Tm. 4:7­Cool. Vejamos ainda outras passagens ainda não analisadas:
a) I Tm. 5:18 ­"... é digno o obreiro do seu salário" ­Pelo contexto, e pelo que já vimos, é inacreditável que alguém pense tratar­se de salário mensal. Lendo o verso anterior e os posteriores, concluiremos que a palavra "salário" se refere a honra merecida daqueles que trabalham na palavra e na doutrina. A Igreja deve se preocupar com o sustento das viúvas... (verso 16).
b) Atos 6:4 ­"Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra". Nesse capítulo institui­se o ministério do diácono. Estes ficariam com o atendimento das necessidades das viúvas, enquanto que os apóstolos ficariam no ministério da palavra. Essa foi a atribuição de cada cargo nos assuntos da Igreja. Assim também fazemos. Agora não está escrito que era para os apóstolos viverem à custa dos irmãos.
c) João 12:6 e 13:29 ­Em ambas passagens há uma confirmação de que Judas tinha a bolsa e tirava o que ali era lançado em proveito próprio. Aprendemos com essas passagens lições importantes:
1) a bolsa não ficava com o Pastor (Jesus);
2) servia para compra de suprimentos para todos e para atendimento de pobres;
3) não destinava a assalariar este ou aquele, individualmente. Dessa forma essas passagens em nada ajudaram o autor, antes pelo contrário, provou que é correta a nossa posição.
d) II Tm. 2:4 ­"ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra". Este é o embaraço daqueles que não pregariam o evangelho se não lhe fosse pago o salário. Entre nós não existe esse problema, pois todos estamos com os olhos postos na salvação eterna e não em negócios desta vida. Não fomos nós que procuramos emprego, mas fomos alistados pelo Senhor para combater o bom combate e sem Ele nada podemos fazer. "De graça recebestes, de graça daí", disse o Senhor.

6o) O DÍZIMO
Realmente em diversos pontos do Antigo Testamento encontramos ensinos concernentes ao dízimo, visto estar associado à Lei Mosaica (Lv.27.30­34; Nm.18.23; etc). Aliás, como se vê no texto referido (Lv.27.34), os mandamentos dado a Moisés (dentre eles a prática dizimísta) eram restritos ao povo de Israel. Nós, gentios convertidos, não estamos debaixo da Lei, nem somos justificados pela mesma, mas pela fé em Jesus Cristo (Gl.2.16, 19). A lei serviu apenas de aio para nos conduzir a Cristo (Gl.3.24­25). Quem ainda vive os mandamentos do concerto do Sinai (símbolo da Lei Mosaica), ainda não se libertou da escravidão, tornando­se como filhos de Agar (Gl.4.24­31). Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo­se maldito por nós (Gl.3.13). Quem está na lei, está separado de Cristo (Gl.5.4). Alguém pode dizer: da Lei Mosaica, apenas observamos a prática dizimista, abolindo as demais. Aos que pensam dessa forma, continuem lendo a epístola aos Gálatas e veja que mesmo um pouco de fermento, pode levantar toda massa (Gl.5.9). Fermento, mesmo em pequena quantidade, não pode aparecer na pura massa que se chama Graça de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Nesse quadro, nós, cristãos, estamos isentos dessa lei, a qual foi abolida por Cristo (2Co.3.14). Assim sendo, não é verdadeira a afirmação de que o dízimo é "uma determinação bíblica contida no Novo Testamento ­Evangelhos, Atos e as Cartas". Desafio de fé e um passo de coragem é, a nosso ver, enquadrar­se no ensino genuinamente cristão o qual o apóstolo Paulo bem frisou em 2Co.9.7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria". Para muitos, por falta de fé, acham que é muito arriscado esperar na guia espiritual dos crentes no que concerne às contribuições. Para estes, melhor é estipular um índice matemático, por considerá­lo mais confiável.
O presente trabalho ficaria incompleto sem as devidas considerações dos textos do NT apontados por V.Sª, com objetivo de insinuar que á pratica dizimista passou para a igreja cristã. VEJAMOS:
a) Mt. 23.23 ­V.Sª cita essa passagem, esquecendo­se de que essas palavras foram ditas por Jesus antes de sua morte redentora. A Epístola aos Hebreus explica o seguinte: "Porque onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte, ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?" (Hb. 9.17). Nesse contexto, ou seja, quando Jesus estava falando com os escribas e fariseus, o véu do templo ainda permanecia sem se rasgar (portanto a lei não estava abolida), daí a necessidade de se fazer referência à Lei. Ficou claro? Se não ficou, examine o contexto: Mt. 23.3 (mesmo capítulo por V.Sª): Será que Jesus estava ensinando a igreja a observar e praticar t u d o
o que os escribas e fariseus ensinavam naquele tempo? (Lembre­se que eles ensinavam, dentre muitas coisas, a guarda do Sábado, circuncisão, o oferecimento de holocausto, etc.)? Claro que não. O ensino de fato não era à igreja, mas aos judeus que ainda estavam sob a lei. Por tudo que vimos, resta­nos uma conclusão óbvia na passagem analisada: Cristo não estava ensinando o dízimo à igreja, mas admoestando os obreiros a serem os primeiros a cumprir os ensinos transmitidos por eles próprios, ao invés de apenas colocar nos ombros do povo, como faziam os escribas e fariseus, sem se mover com apenas um dedo. Pela clareza, dispensam­se outros comentários.
b) Hb. 7.10 ­Os defensores do dízimo na atualidade sempre citam esses versículos, levando os leitores a pararem abruptamente no versículo 10. Citação fora do contexto, como se vê aqui é a causa da existência de muitos ensinos falsos na atualidade. Referido texto traz uma recordação de como se originou o no Velho
Testamento. No entanto, a partir do versículo 11, que são os conclusivos, os quais foram omitidos por V.Sª, notamos uma clareza mudança de comportamento no seio da igreja cristã. Vejamos: "...se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque e não fosse chamado segundo a ordem de Araão? Porque, mudando­se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança lei" (v. 11 e 12). Então vemos aqui que, com o sacerdócio de Cristo, houve a mudança da lei, que, se era boa, ainda não era a perfeição. Por isso o escritor de Hebreus ainda prossegue na mesma tecla: "o precedente mandamento é ab­rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade" (v. 18­19). A esta altura, cabe­me uma pergunta: porque V.Sª ensina o povo, através do livreto, a permanecer num mandamento ab­rogado? Prosseguindo: "De tanto melhor concerto Jesus foi feito fiador (V. 22). "Porei minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei" (Hb. 8.10). “Dizendo Novo Concerto, envelheceu o primeiro”. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece, perto está da acabar" (Hb. 8.13).
Mesmo com estas explicações, poderá alguém ainda dizer que o dízimo não está incluído na lei ab­rogada, como já temos ouvido. Ora, aos que assim pensam, sugiro o exame do verso 5 do mesmo capítulo 7 de Hebreus: "E o que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio, têm ordem, segundo a lei, de tomar o dizimo do povo, isto é, de seus irmãos..." Logo está explícito: "têm a ordem, segundo a lei, de tomar dizimo..." E tudo dentro do mesmo contexto. Observe, ainda, que o escritor de Hebreus, como cristão, se coloca fora da ordem dizimista ao dizer: "TOMAR DIZIMO DO POVO, ISTO É, DE SEUS IRMÃOS", e não de NOSSOS irmãos. Aqui entra até uma questão gramatical. Impossível clareza maior!
V.Sª alega que as ofertas na CCB podem ultrapassar o dízimo. Se ultrapassar ou não, fica a critério de contribuinte. Ele oferta o que pode e o que sente em seu coração, sem que alguém o fiscalize. Convém ressaltar que não existe na CCB a chamada "oferta de votos", como afirmado por V.Sª.
OBS: O SR. RAIMUNDO F. DE OLIVEIRA TAMBÉM RECEBEU A RESPOSTA A RESPEITO DO DÍZIMO, COM BASE EM SUA PUBLICAÇÃO, PORÉM NÃO HOUVE RETORNO ATÉ O MOMENTO. VEJA O QUE LHE FOI ENVIADO:
Diz o Sr. Raimundo que "só quando à luz da soberania de Deus é que podemos compreender o grande significado do dízimo no contexto da adoração cristã". Por si só essa afirmação busca transmitir, através de palavras bem colocadas, algo que não se pode provar biblicamente dentro da atual dispensação. Se existisse o mandamento do dízimo à Igreja de Cristo, certamente esse texto seria mencionado. Diz ainda o Sr. Raimundo que o ensino da Congregação, a respeito da não atualidade do dízimo, é improcedente e sem apoio das Escrituras, apresentando duas razões:
1) o dízimo não pertence à Lei porque Abraão e seus descendentes dizimaram muito antes de Deus se manifestar a Moisés no Sinai;
2)Deus requer o dízimo na atual dispensação. Refutamos tais posições com os seguintes embasamentos bíblicos:

O DÍZIMO E A LEI ­
O dízimo aparece pela primeira vez na Bíblia com Abraão (Gn. 14.18­20), prática seguida pela sua descendência (Gn. 28.20­22). Nessa época o dízimo era feito de forma espontânea, isto porque não estava em Lei alguma. O fato de Abraão e os demais dizimarem antes do estabelecimento da lei não significa que devemos, na condição de cristão, imitá­los. Afirmar que o dízimo é cristão porque Abraão dizimou antes da lei, é o mesmo que considerar como cristã as seguintes práticas: a bigamia (Abraão tinha duas mulheres ­Sara e Agar), a circuncisão, e o oferecimento de holocausto (Gn. 22.13), além de outras práticas. Se estas foram abolidas, por que haveria de permanecer o dízimo?
Somente com Moisés é que o dízimo passou a vigorar como uma Lei aos filhos de Israel (Lv. 27.30­32). Coube aos levitas, uma das tribos de Israel, o recebimento e a administração do dízimo, uma vez que essa tribo não recebeu possessões como as demais. Essa tribo, como sabemos, foi escolhida para cuidar do serviço sagrado.
Ainda nos tempos do Antigo Testamento, enquanto vigorava a Lei Mosaica, naturalmente, alguns profetas se ocuparam em revigorar a prática do dízimo, entre eles se destacou Malaquias (Ml. 3.8­10). Se fôssemos tomar essa passagem como doutrina para nós, cristãos, então precisamos guardar "toda lei de Moisés... que são estatutos e Juízos" ( Ml. 4.4). Afinal,. Não foi o mesmo profeta que deu essa orientação?

O DÍZIMO E A GRAÇA ­
É bastante evidente nas Escrituras Sagradas que o dízimo não foi instituído à Igreja de Cristo.
Lendo o Novo Testamento não encontramos essa doutrina. O apóstolo Paulo, doutrinador dos gentios, nunca mencionou o dízimo como forma de contribuição cristã. Vejamos como se deve cooperar na obra de Deus: "Cada um contribua segundo propôs em seu coração; não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama o que dá com alegria” ( II Co. 9.7). Portanto, em Cristo, conforme o mesmo apóstolo afirmou, "tudo se fez novo, as coisas velhas passaram" ( II Co. 5.17).
Curioso que o Sr. Raimundo, mesmo afirmando categoricamente que o dízimo é uma prática cristã, somente utilizou­se de passagens do Velho Testamento, as quais reproduzimos: Gn. 14.18­20; Gn. 28.20­22; Sl. 103.1­2; Ml. 3.3­8 e Ml. 3.10 (4 vezes). A única citação do Novo Testamento foi Rm. 14.8­9: "Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamos para esse fim que Cristo morreu e ressuscitou, para ser Senhor, tanto de mortos como de vivos". Desculpe­nos, Sr. Raimundo, essa citação foi escolhida por não ser possível uma outra específica sobre a ordenança do dízimo. A falta de prova no Novo Testamento sobre a prática do dizimista, levou o Sr. Raimundo a abandonar os escritos apostólicos e firmar sua tese num tal "REVERENDO STANLEY JONES", esquecendo­se, novamente, que ele próprio definiu heresia como sendo a divulgação de idéia própria ou de outrem, em matéria de religião.
Podemos ir além: alguns defensores do dízimo gostam de citar Mt. 23.23 e Hb. 7.1­10 para provar atualidade do dízimo. Não sabemos porque o Sr. Raimundo omitiu. Entretanto, para que não paire nenhuma dúvida sobre o assunto, teceremos alguns comentários sobre os citados versos: MATEUS 23.23 ­quando Jesus proferiu as palavras registradas nesse verso, não estava doutrinando a Igreja, mas os fariseus que ainda viviam sob a lei mosaica, os quais pensavam que a prática do dízimo dispensaria a misericórdia e a fé. Em Mat. 23.3 (portanto no contexto), Jesus ordena que as pessoas observem tudo o que os escribas e fariseus ensinavam. Naturalmente eles ensinavam a Lei Mosaica, evidenciando­se que a doutrina cristã ainda não estava estabelecida. Sim, de fato a igreja de Cristo ainda não estava edificada nessa oportunidade. Vejamos: "... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" (Mt. 16.1Cool. Isto sugere um futuro. A igreja somente foi estabelecida após a morte do testador: "...porque onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte, ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?" (Hb. 9.15­17). Podemos ainda conferir Jo 12.24: "Na verdade, na verdade vos digo se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só mas se morrer dá muito fruto". Jesus, nessa passagem, falava de si próprio. Primeiro Ele precisava morrer para que a igreja fosse levantada. Cremos que ficou claro que o Novo Testamento ainda não estava estabelecido quando da passagem de Mt 23.23, uma vez que o véu do templo ainda permanecia sem se rasgar.
HEBREUS 7.1­10 ­Todos os defensores do dízimo, quando se utilizam desses versos, se limitam até o 10º, desprezando os seguintes que são conclusivos. Em Hb. 7.1­10, o autor da epístola faz uma volta ao passado, mostrando aspectos do sacerdócio judaico, do dízimo e da lei, de uma maneira geral. Nesse contexto o autor afirma que o dízimo estava sob os ombros do sacerdócio levítico, sacerdócio esse constituído por homens fracos. No entanto, do versículo 11 ao 28, o autor mostra que houve mudança do sacerdócio e da lei, com a obra redentora de Jesus. Dessa forma, o Antigo Testamento (com todas as suas ordenanças, inclusive o dízimo) foi ab­rogado por suas fraquezas inutilidade. Cristo, porém, como Sacerdote perfeito, é eterno.
Com tudo isso que vimos, podemos concluir: ora, se o sacerdócio levítico, que receberia o dízimo, era constituído em fraqueza e teve um fim, que diremos então se nos dias atuais, que deveríamos estar sob a direção do Espírito Santo, restabelecermos as práticas do sacerdócio levítico?
Ainda sobre o dízimo poderíamos fazer as seguintes considerações:
a) Não nos justifica. Na parábola do fariseu e do publicano, o dizimista foi condenado (Lc. 18.10­14);
b) A verdadeira igreja de Cristo deve permanecer na doutrina apostólica (At. 2.42; Ef. 2.20­22; Gl. 2.9; Ap. 21.14). Nos ensinamentos apostólicos não se fez menção do dízimo;
c) Somente os levitas tinham ordem de receber os dízimos do povo (Hb. 7.5). Não consta em parte alguma do Novo Testamento, que essa responsabilidade seria transferida aos pastores ou quem quer que seja. Não seria agradável aos olhos do Senhor meter a mão naquilo que não nos pertence;
d) Muitos pregadores, ao invés de pregarem o evangelho de Cristo, estão obcecados pelo dinheiro. Se os apóstolos usassem desse interesse ao trabalharem na obra de Deus, estariam ricos. Porém veja o que Pedro e João disseram em At. 3.17.
e) A vontade de Deus nunca foi que seus ministros ficassem preocupados com o material, principalmente o dinheiro, uma arma perigosa que satanás tem usado para escandalizar o evangelho de Cristo;
f) A igreja de Cristo não foi e nunca será uma instituição financeira onde o fim seja o dinheiro;
h) A igreja de Cristo não é um clube, onde as pessoas são obrigadas a pagar determinadas taxas para serem sócias, mas deverá ser uma família onde as pessoas contribuem voluntariamente, mas que também recebe ajuda quando necessitada. Isso é o verdadeiro amor ensinado por Jesus Cristo;
i) Se o dízimo fosse atual, com o aparecimento do trabalho assalariado, estaríamos diante de uma grande injustiça: de um lado o assalariado que mal consegue se alimentar. Para essas pessoas o pagamento do dízimo é um verdadeiro sacrifício. Do outro lado, teríamos o rico que pagaria seus 10 por cento com a maior facilidade. Nas igrejas, onde se esperaria uma mensagem de conforto, esses pobres injustiçados acabariam sendo taxados de ladrões, com base em Ml. 3.8­10. Será esse um procedimento cristão?
k) Se o dízimo deveria permanecer na dispensação da graça, porque o Espírito Santo não revelou tal doutrina na Assembléia de Jerusalém? (At. 15);
m) Somente quando os legalistas deixarem de exigir, ordenar, legislar e impor, deixando que o Espírito Santo dirija o seu povo, aí então se manifestará o verdadeiro cristão. Fora disso estaremos diante de uma HERESIA propriamente dita.
n) Nossa salvação é pela fé em Jesus Cristo, não pelas obras, muito menos pelo dinheiro.
o) Diante da atual estrutura capitalista que vivemos o dizimista que procurar respaldo bíblico para essa doutrina, embaraça­se em muitos pontos. Vejamos: deve­se dizimar do salário bruto ou líquido? Deve­se dizimar de aplicações financeiras ou não? Deve­se dizimar nos lucros obtidos em negócios ou não. Caso positivo analise o seguinte: e se alguém foi logrado nesse negócio, a oferta é pura? Creio que, por falta de amparo bíblico, muitas respostas se divergem entre os dizimistas. "Deus não é de confusão".

7o) MAU TESTEMUNHO ­ EMBRIAGUEZ
Duvido que na igreja do autor (da qual teve o cuidado de omitir o nome) não haja escândalo algum. Cristo afirmou: "...é mister que venham os escândalos, mas ai daquele por quem escândalo vem!". O autor estava avisado por Jesus que o escândalo viria, mas ­provavelmente por falta de argumentos ­ usou desse caminho para difamar os santos de Deus. Satiriza­nos chamando­nos de "Congregação Cristã do Barril". É óbvio que somos contra a embriaguez. Se alguém agiu da forma descrita pelo autor, isso não foi ensinado na CCB.
Convenhamos: a acusação acima não deveria ser dirigida a nenhuma igreja, ainda mais sem base documental. No nosso meio, o mau testemunho de um ou outro irmão é analisado pelo ministério da igreja, em reunião específica para esse fim. Dependendo do caso, aplica­se uma admoestação, uma suspensão ou perda de liberdade nos cultos.
No entanto, sempre é bom ressaltar, que não podemos aceitar acusações contra nossos irmãos sem, pelo menos, duas ou três testemunhas. É assim que nos ensinam as Escrituras Sagradas: "Por boca de duas ou três testemunhos será confirmada toda a palavra". ( I Co. 13:1). Veja ainda Mateus 18:15­19.
Dessa forma, qualquer pessoa de sã consciência percebe, facilmente, que o autor nessa agiu com maldade nessa acusação, a qual foi feito sem nenhuma observância dos preceitos bíblicos.

8o) BATISMO
V.Sª afirma que nós da CCB apregoamos que os membros de outras denominações evangélicas "não são batizados em nome de Jesus". De fato, isso é uma realidade. Erra V.Sª, no entanto, ao afirmar que apregoamos diferença entre "eu te batizo", com "te batizo". Claro que as expressões são idênticas. O que realmente ocorre, é que não usamos, para abertura do serviço, nem frase "eu te batizo", nem "te batizo". As palavras que realmente utilizamos na abertura do serviço são "EM NOME DE JESUS CRISTO", pois tudo deve ser feito nesse nome. Afinal, Ele é a porta de abertura de qualquer serviço! De forma completa, por ocasião do batismo, são ditas as seguintes palavras: "irmão (ou irmã), EM NOME DE JESUS CRISTO te batizo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Em outras palavras: "irmão, pela ordem recebida de Jesus Cristo, te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Observe que colocamos Jesus como a porta de abertura do serviço, procurando não antecipar o "eu" ou "te", já que o homem, embora usado para esse serviço, é apenas um instrumento.
Dessa forma, nós da CCB, em total harmonia com a Bíblia, colocamos Jesus Cristo em primeiro lugar em todos nossos trabalhos espirituais. É nesse nome que abrimos nossos cultos, inclusive encontra­se estampado em nossos púlpitos. Creio que até aí, em nada discordamos. Sobre batismo, especificamente, gostaria de continuar com as minhas explicações: A expressão contida em Mateus 28:19 (a qual sempre deve ser empregada) refere­se à pessoa emergida. Por outro lado, a evocação "EM NOME DE JESUS CRISTO" refere­se à ordem que o servo de Deus recebeu de Jesus para a realização do batismo. Essa colocação harmoniza­se integralmente com as Escrituras Sagradas, onde está claramente evidenciada que ninguém pode fazer nada (incluindo o batismo, é obvio), se não for em "em nome de Jesus" (Colossenses 3:17). Jesus é a porta, o caminho e o Intercessor.
Assim sendo, volto a frisar, por ocasião do batismo, em total harmonia com a Palavra de Deus, corretamente na CCB são pronunciadas as seguintes palavras: "irmão (ou Irmã), EM NOME DE JESUS CRISTO te batizo, EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO". Em outras palavras: “irmão (ou irmã), pela ordem recebida de Jesus Cristo, te batizo EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO”. Pergunta­se onde está o erro? Afinal, pronunciando­se tais palavras fica evidenciado que a ordem de batizar o crente não partiu de determinada pessoa, ou de determinada denominação, mas de Jesus. Para cada pessoa batizada, pronunciam­se essas palavras, uma vez cada alma considera­se um serviço a Deus. Com esse esclarecimento, fica esclarecido Alguns têm se enveredado pelo caminho da inverdade, afirmando que propagamos que Pedro "teria recebido uma nova revelação" no dia de Pentecostes (At 2.3Cool, ou que "deixamos de usar a fórmula batismal ensinada por Jesus" (Mt. 28.19), quando que, na realidade aplicamos os ensinos cristãos de forma completa e não parcial. Se, fosse desnecessária a evocação "EM NOME DO SENHOR JESUS" por ocasião do batismo, certamente os apóstolos deixariam de fazê­lo, porém confira: At. 2:38; At. 10:48; At. 19:5, etc.
Ainda sobre batismo, cremos que realmente deve ser realizada uma única vez, conforme recomenda a Bíblia, desde que ministrado de forma correta, por um verdadeiro ministro cristão, e, acima de tudo, há necessidade de que o convertido tenha seu coração compungido pelo Espírito Santo (At. 2:37­3Cool. Se falhar uma dessas observâncias, trata­se de um mero mergulho nas águas, com pouco ou nenhum significado cristão. As palavras ditas na ocasião do batismo precisam ser corretas, como já vimos. Tratando­se de uma decisão pessoal, cada um deve sentir o momento exato de ser batizado. Não é bíblico o ensino de que uma outra pessoa determine esse momento, aplicando questionário avaliativo. Coisas espirituais não se avaliam à semelhança de coisas materiais. Cabe aos servos apenas ministrar os ensinamentos cristãos e aguardar
o momento da operação de Deus no coração do convertido.
Assim eram realizados os batismos na era apostólica, assim se deve fazer até hoje. Lembramo­nos, ainda, de que a nenhum homem foi dado o dom da onipotência ou da onisciência, para saber o que se passa no íntimo de cada um. Se num determinado batismo houver violação de qualquer um desses princípios bíblicos, volto a repetir, o mesmo se torna inócuo, daí a necessidade de se corrigir, pois Deus não recebe algo em parte.
Vamos analisar, especificamente, Atos 19:1017: Como já foi dito, a atuação do Espírito Santo precisa ser nítida por ocasião do batismo. Na citada passagem, os doze varões de Éfeso, embora batizados no batismo de João Batista, até aquele momento nem sequer tinham ouvido falar da existência de do Espírito Santo. Àquela altura isso era um contra­senso, pois era justamente o Espírito Santo quem deveria impulsioná­los ao batismo cristão! Paulo esclareceu­lhes que o batismo de arrependimento ministrado por João, objetivava a crença naquele que haveria de vir, isto é, em Jesus Cristo. Isso nos leva a entender que, uma vez vindo Jesus, completando sua obra redentora e derramando o Espírito Santo, todo trabalho realizado, doravante, passaria a ser em "EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO", com plena atuação do Espírito Santo, o verdadeiro representante do Senhor no tempo da graça (o qual vivemos). Ouvindo esse esclarecimento, os varões "foram batizados em nome do Senhor Jesus" (At. 19:5), enquadrando­se no ensinamento cristão pleno. Com a imposição das mãos, Deus concedeu­lhe, também os dons espirituais, ou seja, dom de línguas estranhas e profecia. Selou­se o ato (batismo) com esse derramamento! Com esse ato evidenciou­se o seguinte: batismo sem o movimento do Espírito Santo, não tem sentido no tempo da Graça, pois nesse caso a pessoa entrou na água sem o necessário arrependimento de seus pecados. Lembremos­nos que somente o Espírito Santo que nos convence disso.
Para finalizar: Não exigimos o rebatismo de ninguém, porém o aplicamos se o Espírito Santo assim fizer saber à pessoa, conforme os motivos já expostos. Se a pessoa não for tocada por Deus nesse sentido, orientamo­la a ficar como está.

E A PREPARAÇÃO PARA O BATISMO?
Este é um disparate que se vê por toda parte. Em todo o Novo Testamento, não se encontra em parte alguma instrução de que se deve estudar e/ou prestar exames para receber o direito ao batismo. Para uma pessoa ser batizada, basta que ele creia que Jesus Cristo é o Filho de Deus que morreu para a remissão de nossos pecados e aceite­o como
o seu Salvador e Senhor. Exemplo é o que não falta:
a) Paulo, pela ação do Espírito Santo, se converteu e foi batizado no primeiro contato que teve com um cristão enviado por Deus, pois Cristo já havia trabalhado em seu coração ( Atos 9);
b) Doze homens em Éfeso, que não sabiam da existência do Espírito Santo, portanto, não conheciam as Escrituras, ouviram de Paulo a anunciação de Jesus Cristo e, aceitando­o, foram imediatamente batizados (Atos 19);
c) Em Jerusalém, após a descida do Espírito Santo sobre os discípulos, Pedro fez um discurso aos que ali se aglomeravam, anunciando Jesus. Compungidos, muitos perguntaram: "que faremos?". O apóstolo não respondeu: "fazei cursos". Não! Porém disse: “Arrependei­vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e recebereis o dom do Espírito santo". Na mesma hora, foram batizadas quase três mil almas (Atos 2);
d) Um eunuco, na estrada de Jerusalém a Gaza, lia Isaías, Filipe, enviado por Deus, interpretando o texto, anunciou Jesus Cristo e, como aquele creu, foi batizado quando encontraram a primeira porção de água. Nada o impede de ser batizado, falou Filipe (Atos 8.25­39). O mesmo ocorreu com o carcereiro de Filipos e toda sua família (Atos 16.27­33).
Então vemos, pelas Escrituras, que maior é o poder de Deus para transformar o homem do que extensos cursos e estudos da letra. Guiados por Deus, assim com Paulo, Pedro, Filipe e outros, devemos anunciar a salvação em Cristo e não recusar o batismo que de bom grado e aceitarem. O Espírito Santo os guiará a toda a verdade. Assim fazemos na Congregação. Afinal, se o batismo nos torna discípulos, entende­se que, a partir de então, estaremos em constante aprendizado. Se para batizar fosse necessário algum curso ou coisa similar, Jesus não estaria chamando discípulos, mas diplomados.

9o) ORAÇÃO DE JOELHOS
V.Sª faltou com a verdade ao dizer que nós ensinamos que "Deus não ouve a oração feita de outra forma". Nunca se falou tal absurdo na CCB. Propagar mentiras é algo de extrema gravidade diante de Deus. Em casos de impossibilidades de se ajoelhar, em hipótese alguma afirmamos que essas orações não são ouvidas. Quanto oramos em hospitais, por exemplo, o doente ora em sua cama. Quem teve suas pernas amputadas, ora­se sentado ou deitado. O que não se concebe é deixar de se ajoelhar diante do Criador por preguiça, por comodismo, ou simplesmente porque acha desnecessário. Os crentes não devem ignorar a bela recomendação contida em Salmo
95:6: "ó vinde, adoramos e prostremos­nos, ajoelhados diante do Senhor que nos Criou".
Ao citar Filipenses 2:10, V.Sª quis dizer "Paulo jamais quis dizer que a posição correta para a oração é ajoelhado", alegando que, conforme contexto, tal fato se refere à volta do Senhor. Fala­se do "contexto", porém o abandona nas considerações. De fato "a clareza do texto não permite sofisma". Analisando­o de forma mais detalhada, com a inclusão do contexto, como o fazemos abaixo, chega­se à uma conclusão diversa daquela apresentada no livro. Vejamos:
a) No versículo 9 se observa que a prostração deve ocorrer pelo fato da exaltação do Senhor Jesus pela sua morte e ressurreição. Esse texto harmoniza­se com Mt. 28:18, quando Jesus afirma que lhe foi "dado todo poder no céu e na terra". Dessa forma, desde que Jesus assumiu essa posição, aqueles que passaram a crer nessa verdade e O receberam como Senhor em suas vidas, lhe deve esse tipo de adoração. É o que fazemos.
b) Considerando­se que nossas orações devem ser "EM NOME DO SENHOR JESUS", e que nesse nome "SE DOBRE TODO JOELHO" (v. 10), não justifica os cristãos, que já receberam o Senhor como seu Salvador, fiquem aguardando sua volta para esse ato. Afinal já entendemos que a glória do Senhor já se faz presente em nossos atos de adoração. Lembremos­nos, ainda, que "JESUS CRISTO É O MESMO DE ONTEM, HOJE E ETERNAMENTE".
c) Transcrevemos o versículo 10: "para que no nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra". Isto significa que todo ser, quer seja humano ou celestial, deve adorar a Jesus Cristo, dobrando seus joelhos diante de tão glorioso nome. Os cristãos que já O receberam como Senhor entende que o mesmo é merecedor dessa honra, não lhe negando essa adoração em momento algum. Sabemos pelas Escrituras que nos céus os seres celestiais assim o faz a todo instante. De maneira similar, na terra, os fiéis também agem de maneira idêntica. Os que estão debaixo da terra, também terão de fazê­lo diante da majestade visível do retorno do Senhor. Ninguém escapará desse ato. Nós o fazemos na atualidade pelo amor que sentimos por Jesus, reconhecendo­o como Senhor dos Senhores. Os descrentes também o farão no final dos tempos pelo pavor do Juízo. Convido o caro correspondente a reconhecer, desde já, a majestade do Senhor Jesus, a quem dobramos nossos joelhos e nosso coração, todo vez que o invocamos.
d) Mas não pára aí: na seqüência (v. 11), provando que o contexto também nos exorta na atualidade, o apóstolo frisa: "e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai". Se o contexto estivesse exortando o crente a dobrar o joelho somente no dia do Juízo, como afirma V.Sª, perder­se­ia a harmonia bíblica com outros textos correlatos, como se segue: Mt. 10:32; Rm. 10:9; I Jo. 4:15, etc. Se o momento de confessar que Jesus é o Senhor é agora, a forma correta de adorá­lo, também o é. Afinal isso é condição de Salvação! Fico estarrecido, e muito, o fato do autor insinuar que temos desconhecimento bíblico, quando na realidade ficou claro que ele próprio nada provou em suas considerações sobre o texto e contexto, em se tratado de exegese séria das Escrituras.
e) Mas ainda não terminou: Não poderíamos deixar de analisar o contexto de forma mais ampla. Analisemos a partir do versículo 12 em diante: aqui o apóstolo exorta os cristãos a observarem tais coisas (ou seja, tudo que escreveu anteriormente, incluindo a oração de joelhos), não somente na presença dele como também em sua ausência. Dessa forma, seria uma tolice um cristão convertido ficar aguardando o dia do Juízo para obedecer aos ensinos contidos nesse capítulo. No versículo 14 e 15, nos exorta, dentre muitas coisas, a fazer tudo "sem murmurações, nem contendas". O autor, além de não fazer, procura contender contra aqueles que o fazem.
Fala­se no final do tópico que Jonas orou no ventre do peixe, Ezequias orou deitado por estar doente, Jesus orou na cruz, o publicano orou em pé, etc. O caso de Jonas, Ezequias e Jesus na cruz, é específico de pessoas que não estavam em condições normais, sendo uma exceção à regra, muito embora estivessem humilhados de uma outra forma. O caso do publicano, é de se considerar que o mesmo estava humilhado na condição de pecador, pedindo clemência a Deus que acabou por justificá­lo. Não está escrito que o publicano, uma vez justificado, continuou a orar a Deus dessa forma. Lembre­se de que nenhum cristão, resgatado pelo sangue do Cordeiro, chega no templo e fica "de longe, batendo no peito", clamando por algo que ainda não encontrou, da forma que fazia o publicano. Nós, já resgatados, O adoramos em espírito e em verdade.
Vejamos outro caso: Jesus orou em pé junto ao túmulo de Lázaro para mostrar que Ele é o Filho de Deus e que todos cressem verdadeiramente que Ele é a ressurreição e a vida. Como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Nele estava a plenitude da Divindade. Os atos de Jesus, como vêm, era apenas demonstrar às pessoas que ele estava ligado à Divindade. Nós, por outro lado, como humanos incapazes de fazer algo por nós mesmos, temos que recorrer ao Senhor em nossas necessidades, daí o motivo de ajoelharmos diante da majestade do Criador, implorando sua misericórdia.
Finalmente, observa­se que as pessoas, normalmente, confundem a oração com deprecação, ação de graças e intercessão. Veja I Tm. 2­1.

10o ) ÓSCULO SANTO
Considerando­se que os argumentos de V.Sª se assemelha aos utilizados por outros críticos, transcrevo a resposta dada ao Sr. Milton S.Vieira.
a) "ERA PRATICA ORIENTAL" ­embora sua origem estivesse ligada ao Oriente, com a expansão da graça aos gentios, esse tipo de saudação também atingiu o ocidente. Roma, como sabemos, é Europa Ocidental. No entanto quando Paulo, ao escrever aos irmãos romanos, recomendou esse tipo de saudação (Rm. 16.16), muito embora estivesse falando com ocidentais. Claro está que, em se tratando de doutrina cristã, não existe barreira geográfica. Se os ocidentais repudiam essa saudação, não o fazem com base bíblica, mas por outras influências, as quais não deveriam ser transferidas aos cristãos.
b) "A HISTÓRIA DO ÓSCULO SANTO COMO FORMA DE SAUDAÇÃO, PERDE­SE NOS TEMPOS AINDA ANTES DO PRIMEIRO SÉCULO DA IGREJA" ­Como V.Sª mesmo admite, o ósculo tem uma origem muito antiga. Como já vimos esse tipo de saudação permaneceu nos tempos apostólicos. É de se considerar que os cristãos que repudiam essa saudação nos dias de hoje, não estão em conformidade com nossos irmãos primitivos, considerados as colunas da igreja (Gl. 2.9), mas acabaram por abraçar os desvios doutrinais que apareceram no transcorrer da história da igreja, no período pós­apostólico. Como diz sábio provérbio popular: "O tiro saiu pela culatra".
c) "A CCB SE ESPELHOU EM I CO. 16.20" ­Procurando dar embasamento de que a Congregação é o espelho da igreja de Corinto, V.Sª acabou por fazer uma afirmação inconsistente e contraditória. Ora, o espelho dessa doutrina se estende por todo Novo Testamento em não somente no versículo citado. Confira: Rm 16.15; I Pe 5.14; I Ts. 5.26; etc. Mesmo se fosse, não haveria razão alguma para criticar uma igreja que se espelha em alguma passagem bíblica. Pior é se espelhar em outras fontes, como já vimos.
d) "O OSCULO ERA USADO COMO SIMBOLO DA FRATERNIDADE CRISTA. UMA DEMOSNTRAÇÃO DE AMOR E LEAL PARA COM O PRÓXIMO" ­ Pergunta­se: e hoje não precisamos mais dessa demonstração fraternal?
e) "COM A DIVULGAÇÃO ESCRITA DO NOVO TESTAMENTO, ESSE PRÁTICA CAIU EM DESUSO" ­Epa! Pelo que se nota, V.Sª caiu em uma outra flagrante contradição! Como é possível cair em desuso o ósculo santo com a divulgação escrita do Novo Testamento, se é exatamente nele (no Novo Testamento) é que está escrita essa recomendação? Confira: Rm. 16.16; I Co. 16.20; I Pe 5.14; I ts. 5.26, etc.
f) "BEIJO DE JUDAS" ­Muito infeliz a comparação do ósculo santo com o "beijo de Judas". Realmente lamentável. Primeiro é de se considerar que o beijo de Judas não era santo porque não estava revestido de amor, portanto não era "ósculo santo". O que Judas fez é reprovável em qualquer comunidade cristã, não havendo nenhuma analogia entre uma coisa e outra. Por outro lado, se esse fato fosse relevante para que o ósculo santo viesse a ser abolido, por que os apóstolos, sabedores desse incidente, após muito tempo, ao invés de aboli­lo, acabaram confirmando? Será que um ato diabólico (beijo traiçoeiro de Judas), tem força de alterar o símbolo do amor (beijo santo)? Se assim fosse, o fato de alguém participar indignamente da Ceia do Senhor, por exemplo, a mesma deveria se abolida? Será que o Espírito Santo haveria de inspirar algo que não era para ser usado? Observe, ainda o seguinte: se Judas utilizasse um aperto de mão traiçoeiro eliminaria essa prática por esse motivo? Se fosse um abraço, idem? Conclui­se que o reprovável é o que estava dentro de seu coração, não a forma utilizada na saudação. Resta­nos apenas uma conclusão: o argumento apresentado no livro é falho da cabeça aos pés.
g) "NO OCIDENTE O SISTEMA CULTURAL NÃO ACEITA O COSTUME. A IDÉIA SOA ESTRANHA AOS OUVIDOS DO POVO. NOS EUA O BEIJO FRATERNAL SOFRE MAIOR RADICALIZAÇAO, SENDO CADA VEZ MAIS RARO OBSERVÁ­LO, MESMO ENTRE PARENTES MUITO PRÓXIMOS" ­Outra colocação lamentável. Já foi visto que a doutrina bíblica não se limita a marcos geográficos. Como exemplo, já vimos que Roma é Europa Ocidental e Paulo, mesmo sabendo que não era esse o costume do lugar, recomendou o ósculo santo aos cristãos dessa localidade (Rm. 16.16). O apóstolo Pedro recomendou o ósculo santo em sua epístola universal ocidente ­oriente ( I Pe 5.14). Observa­se com isso, que nenhum sistema cultural deste ou aquele lugar, deve sufocar ensinos genuinamente cristãos. O ósculo santo somente pode "soar estranha aos ouvidos", daqueles que tem o coração possuído da malícia (como se observa no alicerce da tão falada "cultura oriental"). Quem tem Cristo, troca esse alicerce impuro, pela pureza do verdadeiro amor fraternal. Quer um conselho amigo: “deixe a “radicalização” àqueles que não vive uma vida inteiramente ligada à Palavra de Deus, ao invés de tomá­lo como modelo”.

11o) O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO
Nunca se ensinou na CCB que o adultério é um pecado contra o Espírito Santo, mas um pecado contra o "templo do Espírito Santo". Aos que caem nessa falha, aplica­se a perda da liberdade cristã, visando preservar a santidade e o bom testemunho no meio do povo. Quanto à salvação é um assunto entre Deus e a pessoa que cometeu tal ato (Hebreus 13.4). Não se deve confundir liberdade cristã na igreja com salvação. Acreditamos como diz a Bíblia, que o único pecado que é imperdoável tanto neste século, como no vindouro, é o pecado contra o Espírito Santo (Marcos 3:28­30).
No entanto, cabe aos ministros cristãos admoestar o povo sobre o perigo desse pecado, que, aliás, muito tem se alastrado nos tempos modernos, trazendo escândalos irreparáveis no meio cristão, além de destruindo famílias inteiras. Uma vez envolvido nesse delito, por motivos emocionais, dificilmente o infrator retorna à condição normal de um cristão autêntico, desprovido de malícia para com a pessoa envolvida. Assim doutrinamos o povo em cumprimento aos ensinamentos bíblicos, visando preservar a santidade no meio do povo. Não se pode negar que o adultério é uma falta grave diante do Senhor. Afinal, como já foi dito quem comete tal pecado, peca contra o próprio corpo, que por sua vez é o templo do Espírito Santo. Confira: "Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei pois os membros de Cristo, e os farei membros de uma meretriz? De modo nenhum. Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz­se um corpo com ela? Porque, como foi dito, os dois serão uma só carne Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com ele. Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”(I Co 6.15­20). As igrejas, além de não divulgar com regularidade ensino, parecem que se sente mais à vontade em criticar­nos por essa necessária divulgação.

12o) SAUDAÇÃO
Inicia­se a crítica simulando uma saudação entre um crente de uma determinada igreja, com outro da CCB: "­A paz do Senhor, irmão!" tendo como resposta o "amém". Esqueceu­se V.Sª que também respondemos "amém" aos irmãos da CCB que nos saúdam com a "A Paz de Deus" . Se estivermos respondendo da mesma forma, não vejo razão de nos criticar. Sentimo­nos honrados quando irmãos de outras igrejas nos saúdam com a Paz.
Não é ensino da CCB de que a saudação "A Paz do Senhor", ou outra forma esteja incorreta. Quem critica a saudação de membros de outras igrejas, está agindo em desacordo com nossos ensinamentos. Se respondermos um "Bom dia", por que não haveríamos de responder uma "Paz"?
Ainda sobre saudação, por força da própria Bíblia, discordo da crítica de V.Sª no sentido de que não deveríamos responder "amém" nas saudações. A citação de V.Sª (Lucas 10.5­6), quando bem interpretada, mais favorece a nossa posição do que a sua. Analisemos o texto: "Ao entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta casa! Se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós". Ora, considerando­se que a palavra "Amém" significa "assim seja", o crente que assim responder quando alguém lhe deseja a Paz, nada mais está fazendo do que aceitar o repouso dessa paz sobre si próprio. A devolução da Paz somente ocorre, quando não há alguém que o receba. É o que diz o texto quando corretamente interpretado.

13o) FLAGRANTE ANALOGIA (CCB ­ IGREJA DE CORÍNTIOS)
Afirma V.Sª que Paulo escreveu as duas epístolas aos Coríntios para corrigi­la. Quanto a isso não se pode negar. Todavia, é um erro sem precedente alguém chamar a CCB de neocorintiana, uma vez que algumas de nossas doutrinas foram extraídas dessas epístolas (véu, ósculo santo, dons, etc). Ora, se haviam erros na igreja de Coríntios e Paulo escreveu as epístolas para corrigi­las, a igreja que usa dessas epístolas está alicerçando­se na correção e não nos erros anteriores a esses escritos! Quem repudia os ensinos, aí sim está na igreja corintiana antes da correção, portanto deformada. Se "clonamos" a igreja de Corinto, o fizemos quando a mesma já havia voltado aos trilhos espirituais, com as magníficas epístolas do Apóstolo Paulo. Essa fonte inspirada, de fato, deveria ser "clonada" pelos cristãos da atualidade, assim como fizemos. Podemos retomar esse assunto num diálogo pessoal.

14o) PECULIARIDADES DA CCB
Talvez por falta de uma pesquisa mais séria, V.Sª deixou­se levar por "boatos", ao escrever uma série de inverdades sobre a CCB. Vejamos:
a) Primeira inverdade: A sobra da Santa Ceia é jogada em um rio qualquer. ­A sobra dos ingredientes de uma Santa Ceia realizada na CCB, normalmente, é sepultada. Se há terra dentro dos domínios do Templo, abre-­se um buraco e ali é enterrado. Se não há terra, normalmente existe um buraco aberto no lado externo do templo, onde é depositado e depois fechado. Tomamos tal precaução, em respeito àquela sobra que representou o corpo e o sangue do Senhor Jesus. Não seria um ato de respeito, se jogássemos essa material no lixo, onde seria misturado com tanta imundície existente nesse local, inclusive constantemente vasculhado por cães e outros animais. Por outro lado, temos conhecimento de que é exatamente isso que se faz na maioria de outras igrejas: joga­se no lixo a sobra dos ingredientes da Santa Ceia. Incrível que isso ninguém critica. Ainda sobre esse assunto, convém ressaltar que nada tem a ver com a "páscoa", visto não haver data pré­fixada, como a citada festa judaica. É de se ressaltar que nem comemoramos tal festa, como se faz na maioria das igrejas evangélicas. Se celebrarmos a santa ceia anualmente é porque não existe determinação bíblica que contrarie tal procedimento. Observe o seguinte: se a Santa Ceia fosse mensal, Cristo faria pelo menos mais uma após sua ressurreição, já que esteve entre o povo por cerca de 40 dias.
b) Segunda inverdade: Os crentes da CCB não podem participar de casamentos de pessoas de outras igrejas, pois isso seria participar de coisas sacrificadas aos ídolos Na realidade, não participamos de casamento com ligações idólatras, isto é, quando a cerimônia é feita em locais onde se cultuam ídolos. Esse comportamento é bíblico, pois não podemos participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (I Co 10. 14­22, etc). Quanto aos casamentos de pessoas de igrejas não idólatras, não existe qualquer impedimento.
c) Terceira inverdade: Na liturgia do culto só aceitam instrumentos de sopro ou fôlego. Qualquer pessoa que freqüentar nossos cultos poderá confirmar que nas orquestras temos violino, violoncelo, viola, acordeona, órgão, etc. Seriam esses instrumentos de sopro?
Outras considerações, por inexistir provas bíblicas de que estamos errados, dispensam­se comentários. Todavia, num encontro pessoal, poderão ser analisados.

CONCLUSÃO
V. Sª encerra o trabalho afirmando que não está declarando guerra à CCB, mas que estaria nos ajudando a enxergar além das lentes da igreja. Boa conclusão, desde que haja reciprocidade desse ideal. Gostaria de saber qual seria a postura de V.Sª, após esses esclarecimentos, mesmo porque a CCB foi a igreja pioneira no Brasil no que se diz respeito à divulgação do batismo do Espírito Santo, do qual compartilhamos (acredito que V.Sª seja da A. D.).
Creio que merecemos um pouco mais de respeito e admiração. A divulgação na internet do trabalho ora analisado, não traz nenhum engrandecimento à causa evangélica em nossa terra, muito pelo contrário.
A esta altura, manifesto meu desejo de recebê­lo em minha casa para um diálogo franco como dois homens de Deus que procuram a melhor forma de servi­Lo. Creio que
o irmão não repudiará esse convite que faço com muito amor e dedicação, embora outros que também escreveram contra nós (os mesmos que constam em sua bibliografia), nem sequer se manifestaram a um convite similar.