"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:2


quarta-feira, 12 de março de 2008

Reconhecendo um crente pelas roupas


Graça e paz do Senhor

Numa manhã de domingo, voltavam da reunião de jovens Luiza, Rebecca e Eu.

Conversa vai e conversa vem, começamos a falar de uma moça de 15 anos, já batizada, que 'andava' de bicicleta vestida com calça ao invés de saia. Foi ai quando Luiza disse que não saudaria a moça na rua. Então eu perguntei: "-Mas se você ver ela de calça na rua, você não vai saudá-la?" E Luiza respondeu: "- Não!"

Fiquei intrigado.

Sabemos como devemos nos vestir. Uma calça sensual ofende o Espírito de Deus, agora será que não saudar uma moça de 15 anos, por ela estar com uma calça simples andando de bicicleta, também não ofende?

Os textos abaixo são dignos de sua atenção, foram retirados do blog do irmão Mário Persona.

Boa leitura!

Pelo que escreveu, você está sendo obrigada a vestir calças compridas em seu novo trabalho, por ser mais adequado às atividades que exerce. Sua dúvida, creio eu, vem de uma aplicação errada das Escrituras. Assim como você, concordo que a mulher não deve se vestir com roupas de homens, mas isto evidentemente não é uma lei para o crente, mesmo porque está condicionada aos costumes do país. Saia é roupa de homem? Na Escócia é.

Se o trabalho que você executa exige uma proteção para as pernas, é melhor que você coloque calça comprida para trabalhar, evitando assim ferir seu corpo que é o templo do Espírito Santo de Deus. Para mim está bem claro que é um caso de necessidade e não de moda ou de querer se vestir como homens (no tempo em que aquele versículo foi escrito os homens usavam saias).

Devemos procurar nos vestir com modéstia e bom senso, e isto inclui entendermos a época e o país em que vivemos. No oriente médio os homens usam vestidos, como nos tempos dos primeiros cristãos, e lá não é nenhum escândalo um cristão usar um vestido. Colocar regras e modêlos de roupas para os crentes, como fazem alguns, é excluir irmãos e irmãs fiéis que moram em lugares como a África ou a Índia e que se vestem diferente de nós, ou aqueles que por necessidade de trabalho precisam de uma proteção maior para o corpo.

Vou dar um exemplo de sabedoria no vestir. Hudson Taylor foi um dos maiores missionários do século passado e por meio dele e da Missão Para o Interior da China que ele fundou, milhares de pessoas naquele país receberam o evangelho e foram salvas. Quando ele chegou à China, os missionários ingleses viviam apenas em algumas poucas cidades do litoral e ninguém se atrevia a entrar pelo interior. Também quase não havia fruto do trabalho e os chineses achavam estranhos aqueles homens vestidos de maneira engraçada.

Quando Hudson Taylor viu que ao pregar, os chineses prestavam mais atenção na sua roupa do que na mensagem, decidiu vestir‑se como os chineses. Passou a usar sapatilhas, calças e blusões largos de cetim, e até mesmo tingiu seu cabelo de preto e colou tranças postiças em sua cabeça, usando ainda um chapéu no formato de um cone. Foi expulso da missão a qual estava ligado e os outros missionários passaram a criticá‑lo e perseguí‑lo por não se vestir de terno e gravata, como era o costume dos cristãos inglêses. Mas a partir daí os chineses não reparavam mais nas roupas de Hudson Taylor e começaram a ouvir sua mensagem. Deus começou a salvar aquelas almas e Hudson iniciou a Missão Para o Interior, na qual todos os missionário vindos da Inglaterra se vestiam como chineses.






É possível reconhecer quem é crente pelas roupas?

Vou contar uma história para que entenda a que estou me referindo. Conta‑se que, na Índia, um príncipe vivia vestido em ricos trajes e morava em um grande palácio. Todos os dias ele era visitado pelo "guru" (uma espécie de sábio indiano que vive com monge), o qual fazia longos sermões ao príncipe dizendo que ele estava muito ligado às coisas materiais, que tinha muitas riquezas, que sua roupa era muito luxuosa, que precisava se desligar das coisas materiais, etc. O príncipe escutava tudo pacientemente. Ao contrário do príncipe que tinha muitas riquezas, tudo o que o guru possuía era um manto.

Certo dia, enquanto o guru fazia mais um de seus sermões acusando o príncipe de materialista, vaidoso e apegado às riquezas, um violento incêndio irrompeu no palácio mal dando tempo de seus ocupantes pularem para fora. Em questão de minutos tudo estava em chamas. Do lado de fora o príncipe assistia a tudo impassível, enquanto o guru corria de um lado para o outro gritando desesperado para os criados tentarem apagar o incêndio. Vendo a gritaria que o guru armava, o príncipe o chamou e disse: "Guru, eu acabo de me tornar um homem pobre. Todas as minhas riquezas estavam naquele palácio e se queimaram. E, no entanto, eu estou tranquilo, mesmo sabendo que nada me resta. Posso saber por que você está tão nervoso, correndo de um lado para o outro tentando apagar o incêndio?" A resposta do inquieto guru foi: "É que meu manto ficou lá dentro!".

Contei esta história para mostrar a você que a aparência interior muitas vezes não retrata o que há no coração da pessoa. O príncipe, apesar de todo o luxo, não estava apegado àquilo. O guru, que só tinha um manto, era tão apegado a este que quase enloqueceu ao ver que o perdera. Assim também hoje há muitos cristãos que estão tão apegados à sua maneira de vestir que quando alguém lhes diz que aquilo não tem valor para sua salvação, ficam logo irados, como que dizendo: "Como!? Então todo o meu esforço não vale nada? Toda a minha luta contra a vaidade não vai me levar para o céu?".

Pense nisto. Na hora em que o Senhor Jesus estava morto na cruz, nenhum de seus discípulos mais próximos chegou perto dele. Dois homens ricos e importantes, Nicodemos e José de Arimatéia se expuseram, pondo em risco suas vidas, suas carreiras, suas riquezas (pois podiam ser presos como cúmplices de Cristo) e deram ao Senhor um sepultamento digno. "...e com o rico na sua morte" Is 53.9. O servo de Abraão deu a Rebeca um pendente de ouro e duas pulseiras quando a encontrou para ser esposa de Isaque (Gn 24). Não quero com tudo isso defender as cristãs que mais parecem árvore de natal, de tantas coisas que têm penduradas. Apenas quero mostrar que a pregação que muitos fazem acerca dessas coisas é exagerada e só serve para exaltar a carne naqueles que se esforçam a se vestir com simplicidade.


Comentem!!!

Fiquem com Deus.

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