"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:2


quinta-feira, 20 de março de 2008

Estudo bíblico

A paz de nosso Senhor meus queridos.

Hoje quero comentar sobre o assunto da enquete que foi encerrada aqui no blog. Esta enquete fazia a seguinte pergunta: "Você se sente à vontade ao conversar com alguém de outra denominação à respeito das 'coisas' de Deus?"

A resposta mais votada foi: "Me sinto à vontade". Porém 2 pessoas votaram: "Eles nunca aceitam a verdade" e uma pessoa votou: "Não tenho conhecimento suficiente".

Você pode ficar surpreso se, tentar conversar com alguém que não seja da sua comum e nem da congregação. Claro que assim como dentro da congregação tem sempre alguém que pode dizer algo que não tem nada a ver, fora dela você também vai encontrar. Mas também você vai encontrar pessoas extremamente inteligentes nas escrituras e no que se refere as "coisas" de Deus.

O texto abaixo foi escrito por um caro servo de Deus (o chamo assim porque sei que o é, porém sei também que ele não se sente melhor que ninguém), que não pertence a denominação nenhuma. Mas se ajunta em nome do Senhor com outros servos para louvar, participar da santa ceia e também aprender, uns dos outros.

Neste texto ele explica o porque de não haver necessidade de cursos de teologia. Uma coisa que nós na congregação nem sempre conseguimos explicar quando somos questionados. Mas graças a Deus que mesmo sendo nós um pouquinho ignorantes nesta parte Ele nos cuida e nos guia mesmo assim.

E recomendo o acesso ao blog deste irmão: http://respondi.blogspot.com

Boa leitura!

A rigor o estudo de teologia foi emprestado do catolicismo. Não existe qualquer indicação na Palavra para que se criassem escolas teológicas como as que vemos hoje. Há, obviamente, a exortação para que os mais velhos ensinassem os mais jovens, mas isso é muito diferente de se criar uma grade curricular, fazer provas, tirar diplomas etc.

Por sinal, quem poderia, de sã consciência e dentro do que aprendeu com o Senhor, dizer-se "Doutor em Divindade" ou "Mestre em Bíblia"? E considerando que "Subindo (Jesus) ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens". (Ef 4:8), quem poderia considerar que seu dom de pastor lhe foi outorgado por uma junta de homens após ter concluído um curso universitário? E mais: quando encontramos (na versão inglesa) "reverend [is] his name" Sl 111:9, será que um cristão se sentiria bem de ser chamado de "Reverendo" ou "aquele que é digno de reverência"?

Acho que muito do que vemos hoje na cristandade passa batido porque nos acostumamos (como é o caso das faculdades de teologia, títulos eclesiásticos etc.), mas se fizéssemos um escrutínio dessas coisas nas Escrituras para, como os de Beréia, ver se essas coisas eram de fato assim, ficaríamos extremamente surpresos.

O melhor lugar para o cristão aprender é quando se reúne com seus irmãos em liberdade do Espírito, para que Ele possa usar o dom que Ele escolher (e não apenas um orador previamente diplomado e designado para isso) para a edificação do corpo.

"Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados". 1 Coríntios 14:31

Quanto ao versículo que citou, que muitos usam como pretexto para a não necessidade de aprender através de outros (o que fica no outro extremo do erro), é preciso ler o imediatamente anterior para entender o contexto:

"Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos enganam. E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis".

João está falando do antídoto contra o engano, que é o Espírito Santo que habita no crente e o capacita a entender a Palavra de Deus e a discernir se uma voz qualquer não é a do Pastor.

Obviamente este "não tendes necessidade de que alguém vos ensine", não diz respeito ao crente não precisar mais aprender de outros cristãos, mas está relacionado aos que enganavam e tentavam ensinar coisas que não tivessem sido ensinadas pela Palavra de Deus revelada aos apóstolos, verbalmente na ocasião, ou como a temos hoje nas epístolas.

Quanto à necessidade de aprender uns dos outros (aquilo que é segundo a Palavra), foi para isso que "ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo".

Mas, como eu já disse, isso não tem nada a ver com faculdades que concedem títulos através de uma juntas de homens, títulos esses para os quais usam os mesmos nomes dos dons que só podem ser dados por Cristo.

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